
que pedrada pra começar o ano: um tiro de esperança & de desespero direto no peito.
como nos textos do Ailton Krenak, a voz do Nêgo Bispo vem de muito perto & de muito longe ao mesmo tempo, porque é desse nosso chão até dizer chega, mas traz vivências & ideias & conceitos tão fora desse nosso cotidiano apocalíptico que parece outro mundo.
lendo sobre os saberes & fazeres quilombolas, fiquei pensando sobre como a gente sabe pouco, ou pelo menos eu sei pouco, a respeito de qualquer modo de vida "alternativo" às variações reduzidíssimas da sociedade hegemônica que não pareça pura fantasia. sabe aquela ideia de ser mais fácil pensar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? então. mas & aí que os textos desse livro jogam luz sobre como é não viver absorto num ciclo de produção & consumo, viver sem exploração, tanto de gente quanto da terra quanto dos bichos, viver num mundo compartilhado.
aqui tem: comida & terra, saberes quilombolas, confluências, adestramentos, o poder da linguagem, racismo & colonialismo, contracolonialidade, compartilhamento, roças, folguedos, casas & quintais, um caju bem maduro.




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