
tava quase achando que não ia terminar livro nenhum pra postar esse mês & aí lembrei que já tinha terminado esse pro meu grupo de estudos de literatura infantil, vejam só. era o último que me faltava dos Cadernos Hexágono publicados pela @livros_da_matriz & acho que fechou a coleção com chave de maravilha.
nele, a Célia Turrión, em tradução de Dani Gutfreund, discute as muitas relações entre a literatura infantil & a literatura fantástica, explorando tanto as possibilidades de discussão de temáticas complexas que se abrem através do fantástico quanto o uso do absurdo como estratégia meramente comercial-editorial.
como fã de carteirinha da literatura fantástica especulativa bizarra imaginativa etc., foi um prazer pensar & analisar como a ficção mais escalafobética se emaranha com a realidade, transgredindo todo tipo de regra & padrão (narrativo, linguístico, normas sociais, leis da física etc.) pra dar pra adultos & crianças & todo o resto uma outra chave de leitura do cotidiano.
lembrei muito da Roxane Gay falando que ela lê ficção não pra escapar da realidade, mas pra conseguir lidar com ela & dos mundos únicos que a Ursula K Leguin criou pra refletir ampliar destrinchar esse nosso mundão aqui. pensa só: pra uma criança, pra quem todo dia é uma aventura no inesperado, o que significa uma história onde ela não é a única a questionar o que os adultos tomam por óbvio & natural? tudo.
aqui tem: a ficção que é a realidade, literatura infantil, o fantástico, surrealistas, regras arbitrárias, espanto, transgressões, racionalidade & irracionalidade, beleza do mundano.





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